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CCCEV recebe exposição sobre o livro Meu ABC

Evento ocorre em paralelo ao lançamento do livro Onde está Meu ABC de Erico Verissimo? Notas sobre um livro desaparecido

Por admin / Publicado: 16/12/2013 Última modificação: 18/10/2019 16h28

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No dia em que comemora onze anos de fundação, na terça-feira, 17, o Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, presenteia os seus visitantes com uma exposição sobre a obra “Meu ABC”, livro menos conhecido do autor, que também faria aniversário nesta mesma data. A exposição retrata as páginas do abecedário, que Erico assinou com o pseudônimo de Nanquinote, e que foi recentemente descoberto pela pesquisadora Cristina Maria Rosa, da Universidade Federal de Pelotas.

 

Em paralelo à abertura da exposição, ocorrerá o lançamento do livro Onde está Meu ABC de Erico Verissimo? Notas sobre um livro desaparecido, escrito por Cristina, além de um diálogo sobre a obra, que de acordo com a autora, estava “desaparecida das bibliotecas, acervos e mesmo memória das pessoas”.

 

O exemplar, que estava na seção de livros raros da Biblioteca Lucília Minssen, na Casa de Cultura Mário Quintana, estará em exposição no Memorial Erico Verissimo, junto ao acervo de literatura infanto-juvenil de Erico, até dia 31 de janeiro de 2014. 

 

De acordo com Cristina Rosa, a obra Meu ABC é um abecedário elaborado por Erico Verissimo e publicado em 1936 pelas Oficinas Gráficas da Livraria do Globo. “O meu livro é um ensaio a respeito da produção do abecedário em meio a um grupo de livros dedicados à infância, todos de autoria de Verissimo. Esse projeto é fruto do meu estágio pós-doutoral, realizado na UFMG em 2010-2011”.

 

A intenção da estudiosa foi dar assento, na historiografia da literatura infantil gaúcha, a esse ignorado e hoje raro documento: Meu ABC é um dos livros criados como parte do projeto literário e pedagógico do escritor gaúcho que, à época, dava largos passos como colaborador no que veio a se tornar a maior empresa editorial gaúcha, a Editora Globo. 

 

            Ao criar a “Biblioteca de Nanquinote” nos anos 30, Erico Verissimo ofereceu aos meninos e meninas de sua época uma possibilidade de infância através da literatura. 

 

            Analisando o conteúdo literário e pedagógico de Meu ABC, pode-se afirmar que representa um material que sim, poderia ter sido utilizado nas escolas para introduzir crianças no mundo da leitura. Na obra, a autora afirma a relevância do abecedário de Verissimo, defende sua consideração no universo da obra do ficcionista e na historiografia da literatura infantil gaúcha.

 

            Na obra, a pesquisadora destaca os protocolos de leitura que Erico Verissimo criou para se comunicar com o público, formado por crianças, mestres, pais. Essa forma de escrever e de se relacionar com o público inexistia à época, um tempo em que a infância era tutelada pelo adulto e seu lugar era extremamente pequeno na sociedade. Erico indica que a infância pode ser inteligente, curiosa, letrada. Como? Através de seus personagens e de seus diálogos com os adultos que os educavam, inseridos em fragmentos do texto e mesmo em capas, prefácios e notas em seus livros e na Revisto do Globo.

 

            A autora, Cristina Maria Rosa, é Doutora em Educação (UFRGS, 2004) e Pós-Doutora em Estudos Literários na Educação pela UFMG (2011). Trabalha como Professora na área da Alfabetização e da Leitura Literária na FaE/UFPel desde 1993 na Faculdade de Educação da UFPel.

 

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