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Usina Foz do Chapecó já está em operação

Hidrelétrica localizada na divisa dos estados do RS e SC estará concluída em março de 2011.

Por admin / Publicado: 15/10/2010 Última modificação: 18/10/2019 16h27

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Instalada no Rio Uruguai, entre os municípios de Águas de Chapecó, em Santa Catarina, e Alpestre, no Rio Grande do Sul, a primeira máquina da Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó, com 214 MW, entrou em operação comercial na quinta-feira, 14 de outubro, incrementando a geração de energia disponível no Sistema Interligado Brasileiro.

Ao todo, são quatro unidades geradoras e uma potência instalada de 855 MW, o que corresponde a 25% de todo o consumo de energia do estado catarinense ou a 18% do consumo gaúcho. “A previsão é de que em março de 2011 tenhamos as quatro unidades operando e contribuindo significativamente com o potencial energético brasileiro. É uma obra de grande importância para o crescimento econômico do País”, ressalta o diretor superintendente da Foz do Chapecó Energia, Paulo Eduardo de Almeida Godoy.

Foram 42 meses de obra até a entrada em operação da primeira unidade, envolvendo 4,7 mil operários no pico do empreendimento. Construída em tempo recorde, esta usina traz outro diferencial no setor elétrico. Pela primeira vez no Brasil, uma hidrelétrica utilizou um núcleo de asfalto na vedação de sua barragem. A tecnologia inédita é comum em países da Europa e nos Estados Unidos e já foi aplicada em mais de cem usinas pelo mundo.

A principal vantagem é a velocidade de execução da obra que o asfalto propicia. Comparado a outros materiais, como a argila, o asfalto é menos vulnerável às condições climáticas. Assim, a obra sofre menos interrupções em períodos chuvosos e ganha segurança no cumprimento dos cronogramas contratuais. A barragem, de 48 metros de altura e 598 metros de extensão, foi completamente erguida em um período de cinco meses.

A usina Foz do Chapecó é um dos projetos prioritários do Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal, o PAC. Ao todo, o empreendimento recebeu R$ 2,64 bilhões em investimentos, valor que inclui também o orçamento direcionado aos programas socioambientais. A detentora da concessão da usina é a Foz do Chapecó Energia S.A., formada pelas empresas CPFL (51%), Eletrobras Furnas (40%) e Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica (9%).

 

NÚCLEO ASFÁLTICO:

O núcleo de asfalto tem 55 cm de largura e funciona como uma cortina de vedação que impede a passagem de água. A massa de asfalto foi lançada na barragem a uma temperatura que varia entre 150 e 170 graus. Ao contrário da argila, que só pode ser aplicada se estiver quase seca, o asfalto pode ser lançado logo que uma chuva acaba ou mesmo em dias de chuva de fraca intensidade. O material também é reconhecido pelo excelente desempenho como impermeabilizante, garantindo total segurança no bloqueio da água.

 

CURIOSIDADES:

- o concreto utilizado na construção da usina Foz do Chapecó seria suficiente para construir oito estádios iguais ao Maracanã;

- a barragem da usina, futuramente, será utilizada como estrada de ligação entre os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul;

- a usina Foz do Chapecó tem um dos menores coeficientes área alagada/potência instalada do país. Metade de seu reservatório, que tem 80 km2, é a própria calha do rio Uruguai;

- a potência da hidrelétrica é suficiente para abastecer mais de cinco milhões de lares.

 

USINA HIDRELÉTRICA FOZ DO CHAPECÓ – saiba mais:

 

Rio: Uruguai

Potência: 855 MW

Energia assegurada: 432 MW médios

Unidades geradoras: quatro (turbinas tipo Francis com 214 MW cada)

Barragem: 47 metros de altura e 598 metros de extensão

Vertedouro: 15 comportas de 18,70 x 20,60m

Tomada d‘água: com quatro comportas
Circuito de adução: dois túneis com 18,00 x 18,15 m cada e 392 m de comprimento

 

Investimento: R$ 2,64 bilhões

Acionistas: CPFL, Eletrobras Furnas e CEEE-GT

 

Municípios atingidos

Em Santa Catarina: Águas de Chapecó, Caxambu do Sul, Guatambu, Chapecó, Paial e Itá.

No Rio Grande do Sul: Alpestre, Rio dos Índios, Nonoai, Erval Grande, Faxinalzinho e Itatiba do Sul.

 

Desenvolvimento regional

- geração de mais de sete mil postos de trabalho, entre empregos diretos e indiretos, com prioridade para a mão de obra local;

- aumento na arrecadação de impostos. Apenas em Impostos Sobre Serviços, Águas de Chapecó e Alpestre dividem mais de R$ 16 milhões;

- serão repassados mais de R$ 16 milhões/ano, em royalties, durante os 30 anos de concessão da usina. Os municípios atingidos receberão até R$ 7,5 milhões/ano;

- financiamento dos Planos Diretores e do Plano de Saneamento para os municípios atingidos que ainda não os possuem;

- construção e reformas de salas de aula, postos de saúde, hospitais e quartéis de polícia; compra de material escolar e medicamentos; doação de viaturas policiais; contratação de médicos; construção de redes de abastecimento de água para mais de vinte comunidades carentes;

- cerca de R$ 135 milhões investidos em obras e melhorias da infraestrutura regional.

 

Atendimento da população atingida

- em cerca de 1600 propriedades atingidas pelo lago da usina, a Foz do Chapecó Energia obteve um índice de 94% de negociações amigáveis com os proprietários;

- mais de 400 famílias que não tinham terra própria tornaram-se proprietárias de terra em decorrência da construção da hidrelétrica;

- alguns números:

1608 propriedades atingidas pelo reservatório

1552 indenizações em dinheiro

50 famílias contempladas com lotes em reassentamento rural coletivo

357 famílias contempladas com carta de crédito para compra de propriedades

124 famílias atendidas em outras modalidades

Mais de 500 famílias beneficiadas com programa de geração de renda

Mais de 2500 famílias atendidas em 1608 propriedades

 

Investimentos socioeconômicos e ambientais

- mais de R$ 500 milhões, do total investido no empreendimento, foram direcionados aos programas socioambientais da usina;

- 3,4 mil hectares de terra serão recuperados pelos Programas de Recuperação de Áreas Degradadas e de Proteção das Margens do Reservatório, além do apoio a projetos locais de reflorestamento;

- o corte da vegetação para implantação do canteiro de obras foi cinco vezes menor do que o planejamento inicial previa, em decorrência da otimização do uso de áreas exploradas pelos agricultores com culturas anuais;

- a Foz do Chapecó cedeu área e destinará R$ 2 milhões para a construção de uma Estação de Piscicultura, em Águas de Chapecó. Lá, serão produzidos dois milhões de alevinos/ano para povoamento do reservatório da usina e da bacia do Rio Uruguai. Entre as principais espécies, estão: dourado, curimbatá, pintado amarelo, surubim, piava e piracanjuba;

- convênio com o IBAMA/Chapecó possibilitará a soltura de outros 450 mil alevinos até o próximo ano.

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