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Integração elétrica, uma política necessária

Empregado da CEEE de Pelotas é um dos autores do Livro América do Sul: Economia e Política da Integração Regional.

Por admin / Publicado: 11/11/2008 Última modificação: 18/10/2019 16h26

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Atualmente imaginar-se sem energia elétrica é quase impossível. A sociedade desenvolve-se, cada vez mais, dependente dessa riqueza. Porém, nem todas as nações possuem capacidade de produzir seus megawatts que continuamente são consumidos. É nessa hora que os famosos acordos bilaterais ganham espaço, uma espécie de empréstimo entre ‘amigos’. Na América do Sul esse companheirismo sobrevive, mas no que depender da dissertação de mestrado do eletrotécnico da Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE), José Antônio Moreira das Neves, isso pode mudar. Para aqueles que pretendem entender melhor a integração energética nesse apanhado do modelo europeu e da realidade sul-americana, o livro América do Sul: Economia e Política da Integração Regional, lançado na noite desta segunda-feira, 10 de novembro, na 54ª Feira do Livro de Porto Alegre é uma boa dica.

A obra foi organizada pelo professor do doutorado em Ciência Política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Marco Aurélio Cepik. No capítulo sete (O Setor Elétrico e a Integração da América do Sul) o mestre em Ciência Política e eletrotécnico da CEEE-D, José Antônio Moreira das Neves, discorre mais detalhes dessa nova proposta analítica econômica que promete germinar no cenário mundial. A pesquisa do sociólogo e mestre em Ciência Política da UFRGS estabeleceu um comparativo entre o modelo de integração elétrica europeu e as políticas de gerenciamento da matriz energética na América do Sul. “A região sul-americana precisa – com urgência – de uma política uniforme na indústria elétrica,” disse.

Conforme o pesquisador, a integração dos sistemas elétricos cumpriria uma das premissas do Estado: maximizar o bem-estar de seus próprios cidadãos. “A tentativa de associação por meio de interligações elétricas, pode ser vista como uma forma racional do Estado de estabelecer metas de desenvolvimento abrangentes, mesmo que isso signifique alguma perda de autonomia ou soberania”, afirma.

Energia é desenvolvimento

Em resumo, o estudo pretende deixar claro que desenvolvimento está diretamente relacionado com industrialização que por sua vez está ligada à disponibilidade de energia elétrica. “Ou seja, é preciso regrar a distribuição desse bem.” Essa visão de gerenciamento distributivo e integrado da energia elétrica foi implantada nos países europeus ainda em 1945, como parte do Plano Marshall – reconstrução da infra-estrutura européia. “Passaram-se mais de 50 anos e a América do Sul continua num processo incipiente de integração energética. Os embates sobre o gás natural boliviano e suas conseqüências políticas no âmbito regional, que têm alterado sobremaneira as relações externas não só dos países envolvidos, no caso, Brasil e Bolívia, mas também de toda uma região, são provas de que as metodologias desse setor precisam ser reavaliada”, concluiu.

 

Na foto: José Antônio Moreira das Neves na sessão de autógrafos na 54ª Feira do Livro de Porto Alegre.

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