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CEEE investe em usina termelétrica movida à biomassa

Em parceria com a Ucpel, projeto envolverá a utilização de resíduos agrícolas

Por admin / Publicado: 09/03/2011 Última modificação: 18/10/2019 16h27

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A Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-GT) e a Universidade Católica de Pelotas (Ucpel) firmaram convênio, quinta-feira (3), para o desenvolvimento de uma planta piloto de usina termelétrica (UTE) policombustível movida à biomassa. O projeto consta no programa de 2011 da área de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Grupo CEEE e será implantado inicialmente em Pelotas, envolvendo a utilização de resíduos agrícolas e agro-industriais disponíveis na região, como restos de madeira provenientes da indústria moveleira local e briquetes de casca de arroz – que consistem na aglomeração da casca, de modo a facilitar seu transporte através da redução de volume. A usina terá capacidade para gerar 50 kW de energia.

 

A coordenação do projeto, orçado em mais de R$ 1,4 milhão, estará a cargo da Ucpel e envolverá, no decorrer de 18 meses, o levantamento dos diferentes combustíveis relacionados à biomassa na região de Pelotas e Piratini, a caracterização química e física dos materiais e a implantação e avaliação de uma UTE à biomassa. O projeto é gerenciado na CEEE pelo engenheiro Marcos Augusto Silva de Mello, do Departamento de Gestão de Novos Projetos, da Divisão de Expansão da Geração, encarregado de acompanhar os custos e etapas do cronograma. Além de incentivar a pesquisa acadêmica, já que o projeto reúne pesquisadores e alunos do ramo das engenharias da Ucpel, o investimento tem potencial para diversificar a matriz energética da Companhia.

 

Para o diretor de Planejamento e Projetos Especiais do Grupo CEEE, Luiz Antônio Tirello, o investimento trará uma série de benefícios. “Será de grande utilidade no futuro, possibilitando o desenvolvimento de novas expectativas. Trata-se de um projeto que envolve geração de energia a partir de fontes renováveis, obtidas a partir de resíduos”, ressalta Tirello. Por ser policombustível, a UTE terá como diferencial a versatilidade, já que, nas atividades que envolvem a produção destes resíduos, a disponibilidade dos insumos está sujeita a fatores climáticos e às oscilações de mercado. O desenvolvimento de um sistema com uso de combustíveis distintos evita a ineficiência no rendimento do sistema.

 

No Rio Grande do Sul, a biomassa é tradicionalmente empregada na produção de calor, vapor industrial ou calefação doméstica. Já o uso na produção de energia elétrica é setorial no Estado, sendo aplicado em agroindústrias, que utilizam casca de arroz e resíduos da madeira, como celulose. O Estado de São Paulo concentra, atualmente, grande parte da produção de energia através de biomassa, a exemplo de usinas térmicas que empregam o bagaço de cana-de-açúcar como combustível.

  

Fonte: Carla Damasceno Ferreira (texto).

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