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CEEE, Estado e Renner patrocinam a construção de quadra na Vila Pinto

O novo espaço possibilitará a prática esportiva e o lazer às crianças atendidas pelo Centro Cultural James Kulisz

Por admin / Publicado: 15/12/2010 Última modificação: 18/10/2019 16h27

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A partir da próxima sexta-feira (17), o Centro Cultural James Kulisz (Cejak), na Vila Pinto, estará capacitado a oferecer às crianças e adolescentes que atende um espaço destinado à prática de esportes e lutas marciais. Às 10h30, será inaugurada, na sede da entidade, uma quadra poliesportiva construída com recursos da Rede Bom Jesus, projeto realizado pelo Grupo CEEE, Lojas Renner e Secretaria de Justiça e Desenvolvimento Social (SJDS), cujo objetivo é promover a inclusão social e a geração de renda no Bairro Bom Jesus, na zona leste de Porto Alegre. O investimento de mais de R$ 168 mil foi destinado ao projeto Despertar, que propicia oficinas de esportes como judô, vôlei, futebol e basquete aos jovens da comunidade, e contemplou a construção da quadra, a remuneração de professores de educação física e judô e a compra de equipamentos, como quimonos, tatames e bolas.

O projeto Despertar tem o objetivo de promover, através do esporte, a inclusão social de crianças e adolescentes com idades entre 7 e 15 anos em situação de vulnerabilidade social. De acordo com a coordenadora pedagógica do Despertar, a psicopedagoga Alexandra Morassutti de Souza, a construção da quadra possibilitará a ampliação das vagas das oficinas, atualmente restritas a 62 alunos no judô e a 50 nas demais práticas esportivas, desenvolvidas em turno inverso à escola. “A quadra tem a dimensão de 20 x 30 metros, totalizando uma área de 640 m² e terá marcação e acessórios para atividades de futebol, vôlei e basquete. Com esta obra, o objetivo é ampliar o atendimento, de modo a estendê-lo ao resto da comunidade”, revela Alexandra.

No Cejak, as aulas da luta marcial são ministradas pelo judoca Luiz Camilo, medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, em 2003. Com o diferencial de possibilitar aos aprendizes o desenvolvimento físico, da coordenação motora e do equilíbrio, o judô ainda desperta a disciplina, importante na formação dos jovens. “Além de serem importantes na aquisição de habilidades psicomotoras, as atividades físicas são fundamentais para o desenvolvimento intelectual, melhorando o convívio social e o desempenho escolar. A prática esportiva favorece ainda a iniciativa e o domínio do corpo, visando à diminuição da exclusão social e ao aumento da integração entre os membros da comunidade”, acrescenta Alexandra.

O projeto Despertar é um dos muitos programas desenvolvidos no Cejak, que ainda sedia escola de educação infantil, uma biblioteca e os projetos Justiça Comunitária, Espaço de Com-Vivências e Cuidando dos Educadores, entre outros. Inaugurado em 2002, o Cejak é uma ramificação da ONG Centro de Educação Ambiental (CEA), entidade âncora que também engloba o Centro de Triagem da Vila Pinto, uma das primeiras unidades de triagem de material reciclável de Porto Alegre. A associação desenvolve atividades voltadas a crianças e adolescentes nas áreas de educação, cultura, lazer e esporte, além de promover capacitação e qualificação profissional a adultos residentes na Vila Pinto e adjacências – as vilas Fátima e Divinéia. A fundadora e presidente do CEA, Marli Medeiros, não esconde o entusiasmo pela inauguração da quadra poliesportiva do Cejak e acredita que a obra trará benefícios ainda maiores à região. “Antes mesmo de sua inauguração, esta quadra já é motivo de autoestima para a comunidade. O esporte é fundamental no desenvolvimento do convívio, da sociabilidade, do espírito de equipe”, explica.

Em dezembro de 2008, o empenho do Cejak em prol do desenvolvimento da capacidade criativa e da socialização das relações interpessoais e de aprendizagem dos jovens foi reconhecido em âmbito nacional. Naquele ano, a instituição recebeu do Ministério da Cultura a distinção “Pontinho de Cultura”, em razão de sua atuação social, cultural e educacional no segmento Criança e Adolescente. Conforme relatório da instituição, cerca de 70% dos 11 mil moradores da Vila Pinto encontram-se em situação de risco social. Segundo dados de 2002 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o bairro Bom Jesus compreende uma população de 30.423 habitantes, caracterizada por um alto índice de drogadição e exploração sexual infanto-juvenil e média de renda familiar de um salário mínimo.

Parceria inédita entre a Secretaria da Justiça, o Grupo CEEE e as Lojas Renner, a Rede Bom Jesus proporcionou investimento de R$ 1 milhão na comunidade, oriundo da Lei da Solidariedade, para ações de inserção no mercado de trabalho e ajuda a mulheres, crianças e adolescentes. A iniciativa é dividida em duas partes. A primeira apoia e disponibiliza recursos a nove entidades do Bairro Bom Jesus – a exemplo do Cejak. Já a segunda parte prevê os Encontros Moderados de Articulação (EMA), cujo objetivo é apoiar, mobilizar e articular os três setores da sociedade presentes na comunidade, de forma a visualizar as ações desenvolvidas e definir indicadores que irão orientar a gestão dos recursos.

A Lei da Solidariedade permite a renúncia fiscal de até 75% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) por parte do governo do Estado para que as empresas e entidades do terceiro setor possam aplicar em projetos sociais. Se uma empresa recolhe até R$ 50 mil por mês de ICMS, pode contribuir com 20% em projetos sociais, abatendo 75% deste montante. Estarão presentes na inauguração o secretário estadual de Justiça, Fernando Schüler, e representantes dos demais patrocinadores.

Fonte: Carla Damasceno Ferreira (texto).

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