Gravataí utilizará LTs da CEEE para produzir alimentos
Por admin / Publicado: 26/04/2010 — Última modificação: 18/10/2019 16h27
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O espaço sob as linhas de transmissão (LTs) da Subestação Gravataí 2 servirão para o plantio de grãos, frutas e verduras, dentro do projeto Plantando com Energia, a ser desenvolvido numa parceria entre o Grupo CEEE e a prefeitura da cidade. O objetivo é utilizar os 22 hectares de terras da empresa que ficam dentro dos limites de Gravataí para o plantio de alimentos a serem utilizados na subsistência de famílias carentes moradoras da região. O coordenador do projeto na CEEE, Hédio Bittencourt Lovatto, destacou a importância da iniciativa. “Utilizamos a área produzindo alimentos, auxiliando famílias carentes e ainda garantimos o acesso das nossas equipes para fiscalização e manutenção das LTs”, sustentou.
Segundo o secretário da Agricultura do município, Adroaldo Gardê, num longo prazo, o grupo poderá ser inserido entre os fornecedores da merenda escolar, desde que organizados em associações. “Esta parceria com a CEEE é vista com bons olhos, porque é uma troca benéfica para todos os lados. Além de uma oportunidade de desenvolvimento social para Gravataí, dificulta a invasão das áreas sob as linhas da Companhia”, frisou.
O terreno foi vistoriado no mês de abril por técnicos da secretaria, da CEEE e da Fundação Municipal de Meio Ambiente (FMMA), para verificar o impacto do projeto e a forma como ele deverá ser conduzido. O próximo passo é a CEEE elaborar um laudo de cobertura vegetal e plano de manejo, o que já foi passado para o setor de meio ambiente da CEEE-GT. Segundo a diretora-técnica da FMMA, Norinê Paloski, a vistoria inicial já realizada indica não haver problema na instalação do projeto, principalmente em função de uma nascente existente na área, mas que não sofrerá interferência.
Projeto já foi implantado em Cachoeirinha
O projeto pioneiro do uso da área sob as linhas de transmissão foi feito em Cachoeirinha, onde 206 famílias inscritas trabalham nos 34 hectares distribuídos em seis bairros. Os produtos colhidos são vendidos em feirinhas orgânicas da cidade, que já garantiram resultados positivos a 150 famílias. Cada uma recebe 600 metros quadrados de área e, com ajuda de um técnico agrícola do município, cultivam mais de 40 variedades de hortigranjeiros, que resultaram uma safra de 80 toneladas em março do ano passado e, na última safra, que foi a quarta, 95 toneladas de alimentos. Em Canoas, a assinatura do projeto, que, no município, recebeu o nome de Alimentar, está marcada para o dia 3 de maio. Lá, os produtos serão utilizados na merenda escolar dos alunos da rede pública.