CEEE investiu mais de R$ 11 milhões em programas ambientais no ano de 2010
Por admin / Publicado: 08/06/2011 — Última modificação: 18/10/2019 16h27
Compartilhar

O Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, serve como estímulo para motivar reflexões sobre a preservação dos ecossistemas. No Grupo CEEE, no entanto, a preocupação com a sustentabilidade econômica e ambiental não está restrita a datas comemorativas. Engajada em vários projetos que visam à redução do impacto ambiental e à inclusão social, a Empresa destinou, de acordo com os dados do seu Relatório Socioambiental de 2010, mais de R$ 11 milhões em programas ambientais.
Exemplos de ações bem sucedidas não faltam. Desde 2002, o Programa Recicle estimula a coleta seletiva de lixo seco entre os funcionários, através da disponibilização de coletores para o recolhimento de sucata de papel. O material é doado ao Centro de Educação Ambiental (CEA), entidade do bairro Bom Jesus, próximo ao Centro Administrativo da CEEE, em Porto Alegre, promovendo a geração de renda dos catadores que residem na Vila Pinto. As doações são recicladas no centro de triagem mantido pelo CEA.
Merecem destaque, ainda, o Programa Envolva-se e o Projeto de Triagem e Recuperação. O Envolva-se é uma iniciativa do SESC-RS que possibilita o emprego de uniformes, já usados pelos eletricistas, em oficinas de artesanato e corte e costura, promovidas em comunidades de baixa renda. As logotipias das peças são integralmente retiradas e descartadas em aterros. O Triagem e Recuperação evita o descarte de engradados de transformadores no meio ambiente. Madeira, pregos e ferragens das paletes usadas no transporte de transformadores de distribuição e potência originam caixas, estantes e prateleiras. A proposta do projeto é aproveitar embalagens de materiais comprados pela CEEE, que seriam vendidas em leilão como sucata, e usá-las no transporte e armazenagem de produtos.
Reflorestamento e fauna íctica
Em 2010, a área de Geração e Transmissão da Companhia (CEEE-GT) destinou R$ 2,3 milhões a programas ambientais, como o de Repovoamento de Alevinos, que consiste na soltura de filhotes de peixes nos reservatórios da Empresa, de modo a garantir a preservação da fauna íctica. Desde o início do programa, em 2006, já foram soltos mais de um milhão de peixes das espécies traíra, piava, grumatã, cascudo e peixe-rei. A meta é soltar mais 500 mil nos próximos dois anos. Em 2010, 396 mil filhotes foram lançados em nove reservatórios da CEEE-GT. A Estação de Piscicultura, localizada junto à Barragem de Ernestina, conta com tanques destinados a abrigar matrizes – peixes grandes que desovam os alevinos – e filhotes, que ali permanecem até que atinjam um porte adequado para serem soltos nos reservatórios. As atividades desenvolvidas na Estação são devidamente licenciadas pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).
Até 31 de maio deste ano, a Divisão de Meio Ambiente da CEEE-GT já realizou a soltura de 80 mil alevinos da espécie Jundiá (Rhandia quelem) nas barragens do Sistema Jacuí. A ação foi acompanhada por alunos de escolas dos municípios ribeirinhos. Já na área de Distribuição (CEEE-D), foram investidos R$ 9,5 milhões no ano passado, em ações que englobam o Programa de Reflorestamento e a produção de postes de madeira preservada, que amenizam os efeitos da poluição. Os quatro hortos florestais da Distribuição, áreas de preservação de mata nativa, totalizam uma área superior a 6 mil hectares e funcionam como viveiros para a produção de mudas, cultivadas para a reposição florestal e produção de postes. Em 2010, foram produzidas cerca de 24 mil mudas, de 24 espécies diferentes.
O uso de madeira de reflorestamento contribui para o abrandamento da poluição, através da captação de gás carbônico durante o período de crescimento das árvores, que varia de oito a 12 anos. Nesse período, cada árvore chega a sequestrar 605 quilos de gás carbônico da atmosfera. A CEEE- GT também possui hortos florestais: são 15 áreas, em geral localizadas junto às unidades geradoras, que servem de proteção à mata ciliar. Os diagnósticos efetuados nos hortos da CEEE-GT possibilitam a elaboração de planos de manejo, nos quais são detalhados medidas para assegurar a conservação da biodiversidade e diminuir as pressões externas de deterioração, a exemplo do desmatamento ilegal, da pecuária e da extração mineral.
Desde 2000, o Departamento de Meio Ambiente da Transmissão investe na conscientização dos trabalhadores atuantes nos canteiros de obras. Técnicos e operários da Companhia e terceirizados, de empreiteiras, assistem a palestras sobre a importância que exercem na conservação da natureza. As explanações englobam conceitos básicos de legislação e sustentabilidade, a importância do licenciamento ambiental de uma obra e sensibilização sobre impactos ambientais. De acordo com o engenheiro Luiz Carlos Jardim Soares, do Departamento de Meio Ambiente da Transmissão da CEEE, a conscientização ambiental é estimulada nas palestras a partir de dicas que ajudam os funcionários a manter hábitos sustentáveis no quotidiano.
As palestras são elaboradas e ministradas por técnicos do Departamento de Meio Ambiente da Transmissão. “Os funcionários aprendem a agir em prol da preservação, com base na utilização racional dos recursos naturais existentes nas imediações dos canteiros de obras. Este trabalho de conscientização é desenvolvido, por exemplo, nas obras da Linha de Transmissão subterrânea 230 quilovolts, entre as Subestações Porto Alegre 9 e Porto Alegre 4, na ampliação da Subestação Guaíba 2 e entre as equipes de manutenção e fiscalização de obras da Transmissão atuantes nas obras das Subestações Lajeado 2, Santa Cruz 1 e Ramal Canoas 3. Empregados de diversas funções de manutenção, operação e construção fortalecem seus dados com a vida, aprimorando suas informações e contribuindo como profissionais e cidadãos”, explica Soares.